Uma das maiores ambições de quem faz um curso de língua estrangeira é ser fluente. Mas daí fica a questão. E muito se fala. E as escolas classificam em níveis: básico, intermediário e avançado. Apesar de as pessoas terem uma opinião sobre o que caracteriza cada nível, fica muita confusão.
Uns acham que o básico é “saber se virar”, outros dizem que é “entender o que estão dizendo”, outros ainda acham que “apenas algumas palavras” já caracterizariam este nível. No intermediário o indivíduo “fala mais”, “tem mais vocabulário”, e o avançado quase todos o classificam como “fluente”. Mas fica muita imprecisão. E mesmo que você não seja um “expert” no assunto é interessante ter uma visão mais clara e definida de cada nível.
Através de quase 30 anos ensinando língua estrangeira e utilizando o Quadro Comum de Referência para Línguas podemos extrair alguns critérios simples que ajudarão você a encontrar seu nível. E dessa maneira, podendo entender melhor o que é capaz de fazer e traçar com maior clareza seus objetivos. Destacamos com cores para facilitar o resumo:
O nível básico é aquele em que o indivído é capaz de interagir em situações da vida cotidiana. Isso mesmo: perguntar um preço na farmácia, uma direção, apresentar-se, dizer as horas. Logo, fazer diálogos. Neste nível a utilização dopresente e de questões simples é fundamental.
No nível intermediário o indivíduo além de ser capaz dialogar também já realizanarrações, tem conhecimento do passado (e suas nuances) além de umvocabulário bem mais vasto (em torno de 2.000 palavras)para exprimir suas ideias.
No último estágio o que se busca é o domínio de frases complexas (aquelas também chamadas de subordinadas, onde uma ideia se relaciona com outra e mais outra). No avançado, o aluno já domina além de tempos a utilização de modos verbais.
Como é fácil perceber não buscamos aqui, nem de longe, esgotar este assunto. Mas acreditamos que se você tiver mais e melhores critérios (simples e claros como expusemos) poderá entender melhor em que nível está, o que é capaz de fazer e traçar seus objetivos de continuidade.
Deve-se levar em conta que para alcançar cada estágio é preciso um certo número de horas de prática da língua, um pouco como as horas de voo para os pilotos. Mas isso é tema para outro “post”. Até lá!